Em 2 de dezembro (UTC+8), o CEO da BlackRock, Larry Fink, e o COO Rob Goldstein afirmaram que a tokenização está se tornando uma força transformadora nos mercados globais, com impacto potencial comparável ao surgimento da internet. Na segunda-feira, os dois publicaram um artigo na The Economist, também divulgado no site oficial da BlackRock.

Eles consideram que registros digitais de propriedade de ativos podem aumentar eficiência, transparência e acessibilidade, impulsionando a modernização do sistema financeiro. Escreveram ainda que "os livros-contábeis não eram tão empolgantes desde a invenção da contabilidade em partidas dobradas". Os executivos veem a tokenização como a próxima fase da transformação tecnológica.

Fink lembrou o início de sua carreira, nas décadas de 1970, quando as negociações eram feitas por telefone e os acertos dependiam de documentos físicos enviados por correio expresso. Em 1977, o surgimento do SWIFT introduziu um sistema padronizado de mensagens eletrônicas entre bancos, reduzindo drasticamente o tempo de liquidação de vários dias para poucos minutos; hoje, transações globais podem ser concluídas em milissegundos.

Em 2009, Satoshi Nakamoto aplicou pela primeira vez a tecnologia blockchain ao Bitcoin, introduzindo um livro-razão digital compartilhado capaz de registrar transações sem intermediários — o que estabeleceu as bases para a tokenização, permitindo que diversos ativos sejam armazenados em um único registro digital independentemente verificável. Fink e Goldstein acrescentaram que, inicialmente, o setor financeiro teve dificuldade em compreender seu significado profundo, pois a tokenização estava entrelaçada com a onda especulativa aparente das criptomoedas.

Mas nos últimos anos, as instituições financeiras tradicionais perceberam que a tokenização pode ampliar enormemente o leque de ativos investíveis, indo além das ações e títulos negociados em bolsa.

[PANews]

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