Polymarket planeja retornar aos EUA com a aquisição da bolsa de derivativos QCEX

O mercado de previsões Polymarket diz que está voltando aos EUA ao comprar a bolsa de derivativos QCEX, após uma investigação federal que foi encerrada na semana passada.

Em um comunicado divulgado na segunda-feira, a Polymarket disse que a aquisição "marca um passo significativo para expandir o acesso à plataforma definidora de categoria da Polymarket nos Estados Unidos".

"A demanda é maior do que nunca — não apenas no crescimento de usuários e no volume de negociação, mas em como o público em geral está recorrendo à Polymarket para separar o sinal do ruído, do viés e da especulação", disse Shayne Coplan, fundador e CEO da Polymarket, em um comunicado. "Agora, com a aquisição da QCEX, estamos lançando as bases para trazer a Polymarket para casa — reentrando nos EUA como uma plataforma totalmente regulamentada e em conformidade que permitirá aos americanos negociar suas opiniões."

A mudança da Polymarket ocorre poucas semanas depois que a Polymarket recebeu um aviso formal da Commodity Futures Trading Commission e do Departamento de Justiça, conforme relatado pela Bloomberg na semana passada.

Em novembro de 2024, a Bloomberg também informou que Coplan estava enfrentando uma investigação do Departamento de Justiça. O Federal Bureau of Investigation também havia apreendido o telefone e os eletrônicos de Coplan, de acordo com um relatório do New York Post, citando uma fonte anônima.

Em 2022, a Polymarket fez um acordo com a CFTC por supostamente oferecer contratos de opções binárias ilícitos. Em troca, concordou em pagar uma multa de $1,4 milhão, encerrar seus mercados não compatíveis e tomar medidas preventivas para bloquear usuários dos EUA de forma contínua.

A Polymarket pagará $112 milhões pela QCEX, de acordo com a Bloomberg. A CFTC tem supervisão sobre as bolsas de derivativos, de acordo com o site da QCEX. A CFTC não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

A Polymarket se tornou popular durante a temporada eleitoral do ano passado, quando permitiu que as pessoas fizessem apostas usando criptomoedas em disputas congressuais e presidenciais.

A Bloomberg noticiou o fato pela primeira vez na segunda-feira.