Chainalysis Reactor impulsiona a primeira apreensão de criptomoedas na Grécia após o hack de US$1,5 bilhão da Bybit

Quando uma transação suspeita surgiu nos seus ecrãs, os investigadores gregos souberam que tinham uma oportunidade de fazer história. Meses depois de o Lazarus Group da Coreia do Norte ter roubado 1,5 mil milhões de dólares à Bybit, um rasto digital levou à primeira apreensão de criptomoedas de sempre na Grécia, provando que até os hackers mais astutos deixam um rasto. De acordo com um anúncio de 9 de julho, a Autoridade Helénica de Combate ao Branqueamento de Capitais da Grécia executou a primeira apreensão de ativos de criptomoedas do país, rastreando fundos roubados do ataque recorde à Bybit no início deste ano. O avanço surgiu depois de os investigadores terem sinalizado uma transação suspeita utilizando o Chainalysis Reactor, uma plataforma de investigação de blockchain adquirida em 2023 e apoiada pelo parceiro local da Chainalysis, a Performance Technologies. A Chainalysis afirmou que os analistas gregos utilizaram a ferramenta para ligar a carteira envolvida na transação sinalizada diretamente ao ataque cibernético atribuído ao Lazarus Group da Coreia do Norte. As autoridades emitiram então uma ordem de congelamento de emergência e escalaram o caso para os procuradores. "Este rastreamento bem-sucedido de blockchain permitiu à Autoridade emitir uma "Ordem de Congelamento", congelando imediatamente a carteira e o seu conteúdo - removendo efetivamente os lucros criminosos do controlo de agentes ilícitos. O caso foi agora transferido para a autoridade de acusação competente, transformando a investigação digital em consequências legais tangíveis", escreveu a Chainalysis. Durante anos, o Lazarus Group da Coreia do Norte operou como fantasmas na máquina, roubando milhares de milhões com precisão militar, desaparecendo depois no labirinto de trocas cross-chain e misturadores de privacidade. Mas o seu mais recente assalto, o hack de 1,5 mil milhões de dólares à Bybit, atingiu um obstáculo inesperado: uma equipa grega de combate ao branqueamento de capitais armada com o Chainalysis Reactor. De acordo com a Chainalysis, o Reactor é uma potência forense capaz de juntar rastos de transações fragmentadas em mais de 25 blockchains, mesmo através de táticas de ofuscação como saltos de ponte e bolsas descentralizadas. Quando a Autoridade HAML identificou uma carteira suspeita, o Reactor rastreou as suas ligações até às carteiras de exploração originais da Bybit, apesar de múltiplas camadas de lavagem cross-chain. A apreensão marca um ponto de viragem no combate ao crime cripto: os governos já não estão a jogar para alcançar. A parceria da HAML com a Chainalysis e a Performance Technologies espelha modelos bem-sucedidos como as forças-tarefas cripto do FBI, combinando infraestruturas globais com conhecimentos especializados de aplicação da lei locais. O Ministro das Finanças grego, Kyriakos Pierrakakis, apelidou a operação de "plano" para a defesa financeira moderna. É também um golpe direto ao Lazarus, que roubou cerca de 5 mil milhões de dólares desde 2017, de acordo com a TRM Labs. O seu manual habitual de inundar os analistas com transações rápidas falhou desta vez.