A mais recente decisão do IRS exige que DEXs cumpram os mesmos padrões de relatórios que os corretores tradicionais, o que gerou críticas contundentes de executivos de criptomoedas e especialistas jurídicos. A Chief Legal Officer (CLO) da Uniswap, Katherine Minarik, afirmou recentemente: "Existem muitas maneiras de contestar essa regra, e ela deve ser contestada absolutamente." Ela questionou o raciocínio do IRS, argumentando que a decisão classifica incorretamente as plataformas DeFi como corretores, quando seu papel é meramente parte do processo de negociação. O CEO da Uniswap, Hayden Adams, também expressou preocupações semelhantes, afirmando sua esperança de derrubar a decisão por meio da Congressional Review Act (CRA) ou de um desafio legal.
As novas regulamentações anunciadas pelo IRS em 27 de dezembro exigem que os corretores relatem os ganhos totais das transações de ativos digitais, incluindo criptomoedas, stablecoins e NFTs. Este escopo expandido agora inclui plataformas DeFi front-end e será implementado em 2027. Críticos argumentam que esses requisitos são inadequados para a natureza descentralizada de tais plataformas, que muitas vezes carecem da infraestrutura para relatórios tradicionais.
Robin Singh, CEO da plataforma de impostos cripto Koinly, alertou que a conformidade pode impor uma carga operacional e técnica significativa às empresas descentralizadas. "A estrutura descentralizada dessas plataformas torna o relatório tradicional extremamente desafiador," apontou Singh.
Bill Hughes, advogado da empresa de desenvolvimento blockchain Consensys, chamou a decisão de "custosa e sem benefícios" e criticou suas implicações globais, exigindo que tanto usuários dos EUA quanto internacionais apresentem relatórios. Ele previu que a regulamentação enfrentaria escrutínio no Congresso e poderia ser contestada. Críticos também criticaram o IRS por emitir a decisão durante o período de férias, sugerindo que foi uma tentativa deliberada de limitar a reação pública. Jake Chervinsky, Chief Legal Officer da empresa de capital de risco Variant, rotulou a regra como uma medida "ilegal" tomada pelo "exército anti-cripto" do governo que está de saída.